domingo, 27 de março de 2011

Piadinha

Quem nunca foi no google e digitou alguma coisa só pra ver o que aparece. Fui ali agorinha pouco e digitei: A LOIRA E O FUSCA pra ver se meu blog aparecia, poucas esperanças de que estivesse até na segunda página.
A primeira página inteira apareceu uma piadinha infame que reproduzo pra vocês:

Uma loira estava viajando sozinha pela estrada com o seu reluzente fusca 78 que, de repente, começou a engasgar e parou na beira da estrada.

A loira ficou desesperada e foi pedir ajuda, quando aconteceu uma incrível coincidência, digna de piadas sem graça: Passou um outro fusca, com uma outra loira, que parou no acostamento e gritou, eufórica:

- Oi amiga!
Qual o problema?
- Ai, eu não sei... Estou desesperada! Vou abrir o capô pra ver se descubro...
Depois de alguns minutos tentando, ela conseguiu abrir o capô do fusca e exclamou, assustada:
- Ah, meu Deus! Eu não acredito! Roubaram o meu motor!

A outra loira ficou desesperada, correu para o seu Fusca, abriu a tampa traseira e disse, aliviada:
- Ai, amiga... Estamos salvas... Por sorte, eu tenho um motor reserva no meu porta-malas!



Só uma indagação, se riram mais da piada do que meus posts anteriores?
Acho que o título do meu blog remete à piadas.



Beijo da loira inteligente do fusca! ;)

Um fusca ou um barco?

O herbie não estava muito bem dominado ainda... umas falhadas quado eu trocava a marcha pra segunda, um farol ou uma sinaleira queimada por semana, o velocímetro que eu arrumava mas não durava, a bateria que morria. Mas sempre havia uma alma solidária por perto. Sorte, acaso ou Deus.
Vários passeios só para mostrar O MEU HERBIE pra todo mundo. Orgulho. Alguns olhavam espantados, afinal não combina muito uma menina "bonita" (hahahaha) com um carro velho. Outros riam, achavam graça da minha cara de felicidade por ter ganho um fusca. Uns ganham carrões de seus pais, e tem pais que não tem nem um fusca para si próprios. Minha felicidade não estava só no fusca, mas no ato do meu pai... Um presente de coração mesmo.
Fazia um barulhão, mas aí todo mundo ia notar minha chegada, não gosto de passar despercebida mesmo. hahahaha
Bom, o herbie era um bom companheiro nos dias de sol. Dispensava ar condicionado inclusive, já que tem um buraco estratégico abaixo do freio de mão, uma brisa na medida :P
Mas o caos, O CAOS MESMO, era em dias de chuva. Na segunda vez que encaramos uma chuva, das booooas, cheguei a pensar em carregar um baldinho junto dali em diante. Fomos eu e o namorado na época, para a fazenda. Não sei se era medo de andar no herbie ou medo do meu pai, mas ele estava muito quieto e tremia. Mas a volta é que prometia. Meu pai perguntou antes que agente saísse, se estava tudo bem com o carro, porque iríamos pegar um tempo feio. Confirma. Tudo okays. Tudo certo até começar a chover, de balde, porque era CHUUUVA... Você que sempre teve desembaçador traseiro e ar quente, não sabe o que é estar se locomovendo guiado apenas por vultos... Sim, eu tinha que escolher entre escancarrar a janela para enchergar ou ficar seca. A princípio eu não queria me molhar. Isso até a água começar a entrar por onde a brisa deveria, somente a brisa poxa! Mas tudo bem, faz parte, somente os pés então. Até dar um tiuti no limpador, aí sim eu desisti de ficar seca. O limpador ia para a direita e trancava, o namorado com o braço pra fora da janela dava um tapa nele devolta. Limpador pra direita, tapa pra esquerda. E assim agente foi. Levando alguns litros de água da serra, e com um braço pra fora do carro pra ajudar o limpador. O farol funcionava no ritmo de minha aceleradas. Sorte, acaso ou Deus. Mas morro a baixo todo santo ajuda.

Chegamos bem...
... bem molhados.

Vou pensar na hipótese...

Beijo da loira do fusca!

domingo, 20 de março de 2011

O primeiro contato *-*

Papéis assinados, chave na mão, aliás chaves na mão, uma pra porta, duas pro tanque, uma que não sei até hoje para o que serve e outra pra ligar. Fusca na garagem, só eu e ele. Eu sentada na escada olhando... olhando... Tanto que já andei de bicicleta e guarda-chuva e agora os tempos seriam outros. A cor não era bonita, as rodas já meio enferrujadas, um paralama destoava do bege que prevalecia, carro de colono, tinha terra no assoalho. Mas mesmo assim eu olhava sem ver os defeitos, deslumbrada. Era meu. Agora eu iria mais longe. Agora! Nunca havia sequer sentado no banco do motorista de um fusca, achei que era defeito os pedais serem tão pra cima, mas eu estava determinada. Liguei para o meu tio que morava no outro lado da cidade e disse que eu tava indo...
Coração palpitante, estava suando frio. Coloquei a chave na ignição e girei. Girei de novo e, novamente... Não ligava. O vizinho, olhando a cena, me deu a dica: quando for dar a partida acelera um pouco que ele liga. O portão estava aberto, mas havia um estreito corredor para chegar até ele e, antes do corredor a área do vizinho, churrasqueira no canto. E novamente eu tentaria dar a partida, mas agora eu sabia o segredo e seria de primeira. Soltei o freio de mão, engatei a ré, girei a chave e acelerei com tudo. Onde fui parar? Há 10 cm da churrasqueira do vizinho, com um resto de paralama. Minha primeira experiência, minha primeira lágrima pelo fusca, minha primeira batida. Liguei pro meu pai desesperada, morávamos sozinhos, eu e meu irmão. Ele sorriu e disse: descobriu porquê um fusca?
Mas eu estava desconsolada. Poxa, já tinha batido sem mesmo dar umas voltas.
E quem disse que eu desisti? No outro dia pela manhã bem cedo, liguei pra minha melhor, minha amiga e parcera de aventuras. Vamos juntas até a outra cidade pagar umas contas? Como? De fusca uai. Dessa vez deu tudo certo, tirando o nervosismo que nem era tanto, e a chuva que era um tanto forte. Paralama batido, descobri que o velocímetro não funcionava e, da pior forma, que o marcador de combustível também não. 26km se não me engano. A Gé era a buzinista, seria copiloto assim que tirasse a carteira de habilitação também. Buzinava pra tudo e todos, náo conseguíamos parar de rir. Aliás, fizemos uma pausa, quando algo mudou. O herbie parou, do nada, simplesmente parou. Estacionei no susto ali no acostamento. Ergui a tampa do motor, pra quê? Descobri que o motor do fusca era que nem motor de geladeira ieuhieuheiuhe Mas não sabia dizer nada além de há, deve ser parte elétrica euiheuieheiueh. Liguei pra um outro tio (eu tenho centenas de tios), que veio na mesma hora e trouxe um mecânico. Pra quê? Pra descobrir que não tinha gasolina isso sim.
Bom, problema resolvido. Tanque abastecido e estávamos prontos pra outra: o fusca, a loira e a morena.
Agora eu sabia que não podia confiar em ponteiro nenhum do herbie. Ele ainda não estava amistoso comigo, mas eu iria conquistá-lo ainda.

Beijão da loira do fusca!


sexta-feira, 18 de março de 2011

Saiba como tudo começou

Nada mais justo do que começar do começo né...

Ganhei o fusca do meu pai em 2009 quando terminei minha habilitação.
Há um motivo para eu ter ganho um carro e vários para que fosse um fusca.
Meus pais moram em São Francisco de Paula, há aproximadamente 2h horas de Três Coroas, onde eu moro. Para que eu os vistasse é que ganhei (temporariamente) o herbie.



Por que um fusca?
Motivo número 1: o fusca é o carro de manutenção mais barata. Antecipando-se aos fatos meu pai foi muito esperto. Só depois que bati a primeira vez é que descobri isso.
Motivo número 2: foi o primeiro carro do meu vô, o primeiro do meu pai... seguindo a tradição né... meu primeiro também \o/
Motivo número 3: levando em consideração as estradas até chegar na fazenda onde meu pai mora... eu se fosse ele, daria uma caminhonete pra mim ou um jipe, mas o orçamento só permitiu somente um fusca mesmo.
Motivo número 4: bom, eu precisava aprender a dirigir não é... a experiência mais excêntrica  e depois disso, dirigiria qualquer carro.

Eu e o herbie... nossa relação já durou mais do que qualquer namoro que tive e, embora, a companhia dele esteja com os dias contados... tenho muitas lembranças boas do que passamos e tenho aproveitado o possível ao seu lado. Porque mesmo nos momentos mais cômicos, dramáticos, tensos... parecia que, ainda assim, tudo conspirava a meu favor. Era sentar no banquinho de molas e deitar a cabeça pra trás que a solução aparecia. Ja foi quebra-galhos, jipe, táxi, cama... Me levou pra lugares inesperados, praia, terras de um fusca só, festas chiques kkkk e até pro Planeta Atlântida. Já levou crianças, tios, primos, pai e mãe, bebê, amigas, amigos, sorrisos, lágrimas. Já quase perdeu passageiros pela porta que se abre de repente. Já assustou pessoas com o fantasma que tem no vidro. Já riram de mim por causa dele, mas já me admiraram... Mas nunca ninguém se atreveu a tentar roubá-lo, devido ao seu enigmático sistema de segurança. Toda vez que se passa em um controlador acontece um bolão pra ver quem acerta a velocidade, porque velocímetro... o que é isso mesmo? Ahh... aquilo que fica do lado do marcador de combustível e que se meche de acordo com os balanços da suspensão do fusca, mas nunca saiu dos 20? A tah.

Vou contar aqui... quem já empurrou, dirigiu, tentou dirigir, dormiu, só sentou, andou ou viveu com a gente alguma aventura.
Vou compartilhar aprendizados, descobertas úteis e inúteis também.
Espero que gostem.


Beijão da loira do fusca.