Estive ocupada com algumas mudanças, todos os tipos de mudanças, que ocorreram, algumas por escolha, outras por não haver saída. Mas creio que, apesar das dificuldades e adversidades, a mudança é sempre boa e nos prepara para algo maior.
No entanto há algo que não mudou, eu o Herbie fomos feitos um para o outro e não há como negar. Um amor bonito, humilde, sincero e recíproco. Não é em qualquer esquina que se encontra um amor verdadeiro, pelo contrário, está muito difícil pra quem procura... Mas no meu caso, poupo meus esforços da procura e os empenho nessa minha atenção e dedicação aos donos reais desse doce amor e, apesar de seus manifestos serem poucos, são muito bem entendidos por mim.
Herbie tem manifestado um certo ciúme, já que tem um concorrente a minha atenção agora, meu apartamento. Pois é, haja tempo, atenção e dinheiro para sustentar essa família. A minha maior dificuldade é planejar e administrar, pois sou menina da criação, da arte... Em 90% do tempo sou guiada por emoções e sentimentos involuntários, e esses 10% de razão guardo pro meu trabalho. Resultado? Vida bagunçada cheia de desproporções, com sorrisos e lágrimas não planejadas e no fim as coisas não saem como eu quero, porque eu quero de tudo um pouco. Quero a reforma do Herbie, mas não posso comprometer muita grana. Quero dedicar-me mais a ele, mas a vida doméstica, acadêmica e profissional me mutilam na maioria dos dias. Mas quero mais. Quero fazer academia, montar um grupo de teatro, adesivar o Herbie, um bolo de Ferrero Rocher, um suco de açaí. Quero nuvens de algodão doce, saltar de para quedas e ver uma estrela cadente que atenda meus quereres todos. Quero querer menos e buscar mais, com parcimônia e dedicação, com discernimento, mas sem perda da emoção.
Mas isso faz parte da humanidade, e é esse "querer" exagerado que nos trouxe até aqui. O que não virou realidade, virou novela.
Sobre a foto abaixo, quem tem um fusca e ao reclamar sobre alguma disfunção de nosso "besouro", nunca ouviu "Ah, é só carregar junto um arame e um alicate!"? Nem dou bola quando ouço, mas passei a refletir sobre isso e em partes até que dou razão. A simplicidade da mecânica do fusca é uma das maiores vantagens, na minha visão.
Por isso aderi à famosa frase e arrumei um chaveiro-alicate pra ter sempre a mão. Quando alguém fala algo, eu saco meu chaveiro. Fez o maior sucesso na minha família e meus tios fusqueiros já estão querendo um também hehehe
(Ah, a miniatura conversível é presente do amigo Edimar, vulgo Dudu, que conheci através do blog, o dono do Gasparzinho, que mora em SP e esteve me visitando há poucos dias)
Até breve, amigos e fusqueiros mais queridos!
Beijos e cheiros da Loira aqui. ;*