domingo, 3 de julho de 2011

Fusca e mulheres

Ouço do pessoal que não é muito comum (e que nem combina muito O.O) ver mulheres dirigindo fusca por aí. Pois aqui na minha cidade estive observando e cheguei a conclusão de que é muito mas comum do que encontrar rapazotes. Os guris preferem muito mais um carrão amarelo, rebaixado e com baita som do que a irreverência de um fusca. Já as gurias, muito mais simples, se importam menos com isso e, em sua grande maioria, interioranas, é até uma escolha mais coerente. E numa dessas andanças encontrei uma propaganda antiga destinada justamente a esse público feminino, é antiga, mas bem atual. Quero elaborar a versão século 21 dela. Aguardem!



Aí guris, o que acham?

Mais um beijo da Loira aqui ;*

Frustrou-te? Sorria :)

Ontem eu estava triste com o Herbie, ele me deixou na mão. Não sei explicar... porque não entendi também o que aconteceu. E isso que me deixa mais frustrada do que não ter saído por causa dele... Não saber o que aconteceu e, com aquele frio e escuridão toda, não ter muito o que fazer também. Às vezes me sinto tão entendida, mas muitas vezes tão impotente. Fazia tempo que não revivia a emoção (sim, é sempre um emoção hahá) de acontecer algo inesperado com o herbie. E eu tenho que rir, ri litros ontem. Legal é isso, aprendi a transformar minha frustração em risos, pareço até uma doida... Mas me sinto muito melhor rindo do que espraguejando. Hoje resolvemos tudo aqui. Ele funcionou num passe de mágica... inexplicável. Quando eu digo que ele tem personalidade forte, as pessoas riem, mas se não for isso, então me explica essas coisas cientificamente, mecanicamente??? Não me convencerá.

Estava lembrando do tempo de motor velho, de quando diagnosticamos que estava definhando meu pobre Herbie... Eu já sentia sua aflição expressa no barulho estranho que soava o motor. Sempre insegura, com a esperança de que fosse só pressentimento mesmo, e que na verdade ele estava bem sim. Mas medo, e até uma tristeza já me assolavam. Meu pai queria vendê-lo, há mais tempo já, porém eu havia resistido. Agora, talvez fosse a hora de ceder.
Aquele dia eu e a Ane iríamos participar de um Workshop de fotografia no Centro Budista aqui da minha cidade. Detalhe: Morro, serra, muito morro! Eu e minha co-piloto fomos buscá-la em sua cidade, já apreensivas pelo ronco esquisito que fazia o motor. Estacionamos, desliguei O MEU ERRO. Pra pegar, bah, a base de muito pensamento positivo, e insistência. Beleza, eu e Ane demos sequência na empreitada, subir os morros era o desafio, mas eu não sabia disso. Resultado: um fusca, muita fumaça, e duas gurias sentadas naquela estradinha no meio do nada, só mato e passarinhos, tinha uma brisa boa, um sol bonito e não estávamos frustradas, somente preocupadas com o atraso. Esperamos, talvez fosse o motor aquecido... humedeci uma toalha e usei pra esfriar a bobina, na tentativa de prosseguir. Mas lembrei dos conselhos de meu tio: "Não força a barra guria!". Não me recordo se ele falava do fusca, mas resolvi seguir. Então abandonamos, é ABANDONAMOS o Herbie ali e arrumamos carona pra chegar lá e não furar com o pessoal. Pra voltar todo santo ajudaria, já que era só descer.
Nem me concentrei direito lá, de preocupação com meu garotinho, sozinho... talvez ele nem perdoasse por isso, mas expliquei tudo a ele depois. A volta foi hilária. Tive que descer um trecho de ré, o herbie não ligava. Aí aproveitei o embalo numa encruzilhada e fiz a volta. Diga tu, pegar no tranco é o que há! Tri massa! Depois só foi...
E preciso comentar a tranquilidade da Ane na situação... ela estava tão pacífica. Ela que já empurrou o herbie e saiu correndo pra entrar... uma das vezes que quebrou o cabo do acelerador e eu tive que ir pra casa na lenta. Baita parceria ela!
E rir, rir e lembrar... Tão bom pensar que o desfecho foi e vai ser mais feliz.
E mais uma coisa, a falsa ilusão de que nada mais aconteceria depois que gastei uma grana absurda pra fazer o motor, já foi ao chão. Ainda bem né, quero que o Herbie renda muitas histórias ainda e foi exatamente nisso que pensei ontem: Motor talvez seja outro depois da internação, mas a alma continua sendo a dele, meu Herbie! O fusca de personalidade forte e imprecisa. Ele me surpreende sempre. Mas eu também não perco a oportunidade de surpreendê-lo perante suas birras, não me chateio, só dou risada!
E é o certo. Frustrou-te? Sorria!


E compartilhar com vós, que nas minhas noites de insônia tenho pensado muito na reforma da lata dele. Que cor, o que mudar... E acho que hoje decidi (mas nada é certo até o dia em que ficará pronto)... Preto e vermelho rubro cintilante (muito cintilante).  E o nome... bem tinha pensado em mudar, depois pensei em mudar o sexo do Herbie também... transformá-lo em guria *-*. Mas vou avaliar bem, pois se ele se revoltasse a essa minha decisão... eu estaria perdida.


Isso, pessoas, boa semana!

E grande beijo da loira do fusca! ;*