domingo, 2 de outubro de 2011

Esse "Querer"

Depois desse "time" que dei ao blog, coisa de mulher, estou de volta.
Estive ocupada com algumas mudanças, todos os tipos de mudanças, que ocorreram, algumas por escolha, outras por não haver saída. Mas creio que, apesar das dificuldades e adversidades, a mudança é sempre boa e nos prepara para algo maior.
No entanto há algo que não mudou, eu o Herbie fomos feitos um para o outro e não há como negar. Um amor bonito, humilde, sincero e recíproco. Não é em qualquer esquina que se encontra um amor verdadeiro, pelo contrário, está muito difícil pra quem procura... Mas no meu caso, poupo meus esforços da procura e os empenho nessa minha atenção e dedicação aos donos reais desse doce amor e, apesar de seus manifestos serem poucos, são muito bem entendidos por mim.
Herbie tem manifestado um certo ciúme, já que tem um concorrente a minha atenção agora, meu apartamento. Pois é, haja tempo, atenção e dinheiro para sustentar essa família. A minha maior dificuldade é planejar e administrar, pois sou menina da criação, da arte... Em 90% do tempo sou guiada por emoções e sentimentos involuntários, e esses 10% de razão guardo pro meu trabalho. Resultado? Vida bagunçada cheia de desproporções, com sorrisos e lágrimas não planejadas e no fim as coisas não saem como eu quero, porque eu quero de tudo um pouco. Quero a reforma do Herbie, mas não posso comprometer muita grana. Quero dedicar-me mais a ele, mas a vida doméstica, acadêmica e profissional me mutilam na maioria dos dias. Mas quero mais. Quero fazer academia, montar um grupo de teatro, adesivar o Herbie, um bolo de Ferrero Rocher, um suco de açaí. Quero nuvens de algodão doce, saltar de para quedas e ver uma estrela cadente que atenda meus quereres todos. Quero querer menos e buscar mais, com parcimônia e dedicação, com discernimento, mas sem perda da emoção.
Mas isso faz parte da humanidade, e é esse "querer" exagerado que nos trouxe até aqui. O que não virou realidade, virou novela.


Sobre a foto abaixo, quem tem um fusca e ao reclamar sobre alguma disfunção de nosso "besouro", nunca ouviu "Ah, é só carregar junto um arame e um alicate!"? Nem dou bola  quando ouço, mas passei a refletir sobre isso e em partes até que dou razão. A simplicidade da mecânica do fusca é uma das maiores vantagens, na minha visão.
Por isso aderi à famosa frase e arrumei um chaveiro-alicate pra ter sempre a mão. Quando alguém fala algo, eu saco meu chaveiro. Fez o maior sucesso na minha família e meus tios fusqueiros já estão querendo um também hehehe



(Ah, a miniatura conversível é presente do amigo Edimar, vulgo Dudu, que conheci através do blog, o dono do Gasparzinho, que mora em SP e esteve me visitando há poucos dias)


Até breve, amigos e fusqueiros mais queridos!

Beijos e cheiros da Loira aqui. ;*

domingo, 3 de julho de 2011

Fusca e mulheres

Ouço do pessoal que não é muito comum (e que nem combina muito O.O) ver mulheres dirigindo fusca por aí. Pois aqui na minha cidade estive observando e cheguei a conclusão de que é muito mas comum do que encontrar rapazotes. Os guris preferem muito mais um carrão amarelo, rebaixado e com baita som do que a irreverência de um fusca. Já as gurias, muito mais simples, se importam menos com isso e, em sua grande maioria, interioranas, é até uma escolha mais coerente. E numa dessas andanças encontrei uma propaganda antiga destinada justamente a esse público feminino, é antiga, mas bem atual. Quero elaborar a versão século 21 dela. Aguardem!



Aí guris, o que acham?

Mais um beijo da Loira aqui ;*

Frustrou-te? Sorria :)

Ontem eu estava triste com o Herbie, ele me deixou na mão. Não sei explicar... porque não entendi também o que aconteceu. E isso que me deixa mais frustrada do que não ter saído por causa dele... Não saber o que aconteceu e, com aquele frio e escuridão toda, não ter muito o que fazer também. Às vezes me sinto tão entendida, mas muitas vezes tão impotente. Fazia tempo que não revivia a emoção (sim, é sempre um emoção hahá) de acontecer algo inesperado com o herbie. E eu tenho que rir, ri litros ontem. Legal é isso, aprendi a transformar minha frustração em risos, pareço até uma doida... Mas me sinto muito melhor rindo do que espraguejando. Hoje resolvemos tudo aqui. Ele funcionou num passe de mágica... inexplicável. Quando eu digo que ele tem personalidade forte, as pessoas riem, mas se não for isso, então me explica essas coisas cientificamente, mecanicamente??? Não me convencerá.

Estava lembrando do tempo de motor velho, de quando diagnosticamos que estava definhando meu pobre Herbie... Eu já sentia sua aflição expressa no barulho estranho que soava o motor. Sempre insegura, com a esperança de que fosse só pressentimento mesmo, e que na verdade ele estava bem sim. Mas medo, e até uma tristeza já me assolavam. Meu pai queria vendê-lo, há mais tempo já, porém eu havia resistido. Agora, talvez fosse a hora de ceder.
Aquele dia eu e a Ane iríamos participar de um Workshop de fotografia no Centro Budista aqui da minha cidade. Detalhe: Morro, serra, muito morro! Eu e minha co-piloto fomos buscá-la em sua cidade, já apreensivas pelo ronco esquisito que fazia o motor. Estacionamos, desliguei O MEU ERRO. Pra pegar, bah, a base de muito pensamento positivo, e insistência. Beleza, eu e Ane demos sequência na empreitada, subir os morros era o desafio, mas eu não sabia disso. Resultado: um fusca, muita fumaça, e duas gurias sentadas naquela estradinha no meio do nada, só mato e passarinhos, tinha uma brisa boa, um sol bonito e não estávamos frustradas, somente preocupadas com o atraso. Esperamos, talvez fosse o motor aquecido... humedeci uma toalha e usei pra esfriar a bobina, na tentativa de prosseguir. Mas lembrei dos conselhos de meu tio: "Não força a barra guria!". Não me recordo se ele falava do fusca, mas resolvi seguir. Então abandonamos, é ABANDONAMOS o Herbie ali e arrumamos carona pra chegar lá e não furar com o pessoal. Pra voltar todo santo ajudaria, já que era só descer.
Nem me concentrei direito lá, de preocupação com meu garotinho, sozinho... talvez ele nem perdoasse por isso, mas expliquei tudo a ele depois. A volta foi hilária. Tive que descer um trecho de ré, o herbie não ligava. Aí aproveitei o embalo numa encruzilhada e fiz a volta. Diga tu, pegar no tranco é o que há! Tri massa! Depois só foi...
E preciso comentar a tranquilidade da Ane na situação... ela estava tão pacífica. Ela que já empurrou o herbie e saiu correndo pra entrar... uma das vezes que quebrou o cabo do acelerador e eu tive que ir pra casa na lenta. Baita parceria ela!
E rir, rir e lembrar... Tão bom pensar que o desfecho foi e vai ser mais feliz.
E mais uma coisa, a falsa ilusão de que nada mais aconteceria depois que gastei uma grana absurda pra fazer o motor, já foi ao chão. Ainda bem né, quero que o Herbie renda muitas histórias ainda e foi exatamente nisso que pensei ontem: Motor talvez seja outro depois da internação, mas a alma continua sendo a dele, meu Herbie! O fusca de personalidade forte e imprecisa. Ele me surpreende sempre. Mas eu também não perco a oportunidade de surpreendê-lo perante suas birras, não me chateio, só dou risada!
E é o certo. Frustrou-te? Sorria!


E compartilhar com vós, que nas minhas noites de insônia tenho pensado muito na reforma da lata dele. Que cor, o que mudar... E acho que hoje decidi (mas nada é certo até o dia em que ficará pronto)... Preto e vermelho rubro cintilante (muito cintilante).  E o nome... bem tinha pensado em mudar, depois pensei em mudar o sexo do Herbie também... transformá-lo em guria *-*. Mas vou avaliar bem, pois se ele se revoltasse a essa minha decisão... eu estaria perdida.


Isso, pessoas, boa semana!

E grande beijo da loira do fusca! ;*

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Culpa

Depois de duas semanas sem dar muita notícia por aqui, e me sinto até culpada por isso já que o pessoal sempre comenta e tenho um retorno carinhoso de cada post, cá estou eu novamente. Estive muito envolvida na faculdade no final deste semestre e, para colaborar, meu trabalho tem exigido extrema dedicação e presença constante nas horas extras. Minha meta é escrever no mínimo um post por semana, e peço desculpas pela minha ausência nesses últimos dias. Pessoal que tem blog também, sempre retribuo as visitas, mas não tenho conseguido explorar melhor vossos posts, minha pretenção é sim, retribuir-lhes a atenção.
Esse é um pedido de desculpas e compreesão e, também, de agradecimento pelo carinho, dicas, conselhos e opiniões, que sempre acrescentam muito no relacionamento entre Loira e Herbie aqui (:

E beijo da Loira do Fusca!

domingo, 12 de junho de 2011

Eu confesso...

Confesso que na ingênua imaturidade dos meus 18 anos (não que seja desculpa e não é!) maltratei, malcuidei e fui cruel com meu herbie.
Posto que não seria meu em menos de 2 anos, não lhe correspondi a altura. Ignorei os buracos no caminho, deixei-o dias sem banho, dias com a sinaleira queimada.
Bati sem dó 2, 3, 4 ou mais vezes, no portão, num outro carro, na lixeira, no meu outro carro (é eu tive outro carro), arranhei a lataria no pé da roseira, na arvorezinha, na churrasqueira do vizinho. Levei-o (ou ele me levou?) pra praia... SAL, AREIA. Não tratei as feridas e ignorei sua tosse intensa.
Tanto que corri naquelas estradas interioranas, e os morros que desci desembreada. Inconscequente, construiu as histórias, mas não pensou nele.
Fui egoísta, má! E sinto vergonha quando olho pra ele e vejo as marcas, os hematomas.
Porém a  medida que ele despertava em mim um sentimento real, eu ia aprendendo a tratá-lo com carinho e com ternura.
Hoje, Herbie não pode mais nem com o estribo direito, a lata está bem judiada, preciso trocar o relógio do velocímetro.
Mesmo que nada tenha sido proposital, eu não tive o cuidado necessário com ele.
Agora o caminho é longo, talvez lento, mas o êxito certo.
O motor está feito, e eis que anda como nunca, de olhos fechados o melhor Herbie do mundo!!!

Com o pouco que sei, e com a ajuda e conselhos dos meus amigos fusqueiros, pretendo ir arrumando, personalizando e o deixando do jeitinho que ele merece. E assim que pronto, quero ir nos encontros de fusca, conhecer o pessoal e apresentar o Herbie pra todo mundo.
Fica uma foto dele, tal como está.
Me julguem, me xinguem. Mas não duvidem do que sinto, tanto que estou correndo atrás do prejuizo agora.



Beijo da Loira (que já foi má) do fusca!

domingo, 29 de maio de 2011

Vender! O desfecho.

CAPÍTULO II

Estava decidido. Tudo acertado, inclusive. Formas de pagamento, papelada e andamento. Amanhã era só levar o Herbie, "assassinar" os papéis e pegar o corsa.
Fui pra casa, acreditando ser esta a última volta de Herbie. Dormir, acordar e tudo estaria acabado. Era bom ir acostumando minha mente... Eu não teria mais um carro para fazer fotos legais, para surpreender as pessoas, para ter aventuras só por andar com ele, para se ter um blog por ele, para ir a lugares distantes e arrancar sorrisos doces admirados com a simplicidade tão bem acompanhada, para ser referência, coisas de fusca, do Herbie, só dele. Eu traira um sentimento real (e recípocro?). Mas para quê tanto drama, não é mesmo? Seria minha solução. Seria? Pois por que eu estava tão aflita? Não era pela mudança. Era por ele! Parece bobo, eu sei. E realmente é! Mas e daí? MEU sentimento, não há regras que digam que precisa ser coerente e sano, não há regra alguma! Aliás, regras em demasia são chatas, limitar-se é chato. Já viu algum bar ter regras que proibam você de abraçar, de beijar? Eu já! Ridículo! Existem regras para estabelecer uma ordem, ok. Mas estamos falando de sentimento, um plano em que sanidade e ordem são incoerentes!
Dispersão a parte, meu pai viria para assinar os papeis naquela manhã e executar todos os trâmites, a parte dolorosa. Ele passaria aqui em casa, pegaria o fusca e rumaria para a revenda. Conjugado assim, futuro do pretérito. O planejado era este.
Hoje estava comentando que gosto de ser surpreendida. Às vezes as coisas precisam sair do roteiro... Dá um sabor de maracujá azedinho, mas que é bom mesmo assim. Dá a sensação de queda livre, de que não, tu não és dono do teu destino apesar de regê-lo com maestria. Aquela insegurança boa, uma expectativa infinita, bonita e gostosa sobre a vida.
Enfim, tudo isso para dizer que as coisas não sairam conforme planejado. E que foi bom!
O bom foi o desfecho, mas não o acontecido. O fusca fundiu o motor, na manhã em que seria levado à revenda, pode? Decidi, desta forma, NÃO vendê-lo! Quer uma prova de amor maior que essa? Uma manifestação clara de que não fui eu que o escolhi, mas fora ele! É comigo que ele quer ficar, e é comigo que ele vai ficar. Mandei ele direto para a U.T.I. Em uma semana estará recuperado da cirurgia e estará pronto para as plásticas de renovação. Mandei fazer o motor, e em seguida (mesmo que aos poucos) farei todo o resto: lata, piso, estofamento, peças, detalhes, tudo! Inclusive mudarei de cor, mas não escrevi um roteiro, porque quero a insanidade das incertezas e das escolhas impulsivas, sempre fora assim ao seu lado... Repito: Ser surpreendido, sair do script, pode ser o que falta... E já pensou que pode ser, pode ser muito bom?

Reforço: Planejamento, regras, roteiros são válidos e alguns até prometem final feliz... Mas o que são promessas perante as ações expontâneas e e involuntárias exercidas pela vontade, pelo sentido, desejo, sentimento? Eu sou mais lado esquerdo, menos exatas, menos razão, mais emoção, mais arte, mais amor!

Obrigada a todos que colocaram suas opiniões!
Independente do que eu ou meu pai decidiria, prevaleceu a decisão dele: HERBIE!
Não vejo a hora de tê-lo de volta...

E estamos aí, a Loira, o Fusca e você por muito tempo! =D

Beijo da eterna Loira do Fusca!

domingo, 22 de maio de 2011

Vender ou não vender?

CAPÍTULO 1

A paixão de que tanto falo, o apego expresso pelos outros posts é real e notável apesar de me parecer um tanto banal... Poxa, estamos falando de um carro, um bem material!
No entanto me sinto traidora dos meus sentimentos ao generalizar o Herbie.

Me vi em situação complexa, ao passo que o Herbie começou a enguiçar, falhar, negar, reclamar, etc. Já não era só mais cabo de acelerador, velocímetro, sinaleiras... As coisas não estavam bem.

Após uma sequência de fatos relacionados a esses problemas, eu o levei ao médico. Eis que o veredito foi me dito sem cerimônias com todo o profissionalismo do doutor: "Assim ó guria, acho mió tu vender esse fuca... ou tu vai tê qui gastá uma baita grana..."
Fiquei calada e pasma, era como se ele me dissesse que o Herbie está com os dias de vida contados, ou que ia precisar de um milagre para salvá-lo, já que a baita grana eu não tinha.
Vender??? Eu precisava do meu pai. Embora já soubesse a opinião dele sobre isso, ele sempre me salvava quando eu não sabia que caminho tomar, ou pelo menos me dava um colo para que eu pudesse chorar. "Filha, chorar não adianta. Vamos vender o fusca!" Eu sempre me senti segura quando meu pai tomava a frente dos meus problemas, mas agora nada parecia ser correto. Necessito sim de um carro, que funcione... Não tive muita escolha a não ser concordar. O Herbie seria a entrada para outro carro, mais novo, menos problemático. Com isso meu pai o deu veramente a mim, a primeira vez que eu senti e pude dizer MEU, seria necessário vendê-lo. Meu pai me convenceu que o fusca me daria problema sempre, que o funcional seria um carro com injeção eletrônica etc etc.
Que assim o fosse, se tivesse que ser... =(

Foram semanas de angústia perante aquela decisão unânime.
Pensei no blog muitas vezes... Não seria capaz de mudá-lo: A loira e o corsa. O_O NÃO!

O que vós farieis em meu lugar?

[CONTINUA NO PRÓXIMO EPISÓDIO]

Beijos da eterna Loira do Fusca!

domingo, 15 de maio de 2011

Fusca, uma paixão eterna.

Hoje vos falo sobre um sentimento que vim a descobrir com o tempo. Que só depois de sentir o vento sutil de suas frestas, e ter estragado muitas chapinhas, e ter passado muito frio e muitos apertos, descobri mais do que o sentimento:

Coisas que só quem tem ou teve um fusca sabe:
Fusca tem cheiro de fusca.
Fusca tem o melhor e mais confortável banco de molas.
Fusca tem o charme de atrair olhares, mesmo que não seja uma loira que o dirige.
Fusca te dará sempre o tharã de entrada e saída, onde quer que vá.
Fusca tem uma magia de atrair pessoas e envolvê-las, transformando passageiros em uma irmandade.
Fusca gera polêmica, gera pré-julgamento, gera histórias, risos, lembranças, choro e gera acima de tudo, um sentimento que por outro carro não há igual.
Fusca é tradição, é história. Vira paixão e jamais sai da memória de quem teve um.
Já vi o amor sendo comparado ao fusca.
Já vi piadas, rumores, comentários, mas nada que mude aquilo que só quem é fusqueiro, tem um fusca ou já teve, sabe. É a paixão humilde.
A paixão sem interesse algum. Fusca não é econômico. E você sabe que tudo o que investir não lhe trará outro retorno, se não a satisfação, o orgulho, o amor recípocro.
E o auge disso tudo? Quando ele deixa de ser apenas o seu carro, seu meio de locomoção e passa a ser companheiro. Você fala com ele como se ele fosse responder. Você ouve ele responder. Você sofre junto quando acontece algo e se preocupa. Se ele vai embora, é como se um ente querido estivesse partindo. E ficará sempre aquele vazio. Carro algum ocupará o seu lugar. Porque igual a fusca não há!


Beijo da Loira do fusca meus amores ;*
(contagiada pelo espírito da paixão)

domingo, 1 de maio de 2011

Um fusca, duas loiras e um destino.

- Queria eu, seguir uma ordem cronológica das histórias... mas tem hora que algumas delas vem na cabeça tão forte. E por isso compartilho hoje com vocês (também para compensar as duas semanas que não postei nada :/) uma das maiores aventuras que o herbie já me proporcionou...




Planejamento. Esses dias alguém me falou sobre a importância de planejar as coisas, para uma vida plena, saudável, uma carreira de sucesso, etc... Mas aí eu me perguntei: e pra ser feliz? É tão necessário assim planejar? Sendo que as coisas que nos fazem sorrir e nos proporcionam momentos bons e ótimos muitas vezes são aquelas que nos surpreendem... ou seja, as quais não planejamos. Dessa forma e por esse pensamento é que resolvi levar a vida mais free enquanto funcionar, exceto no trabalho, onde planejar é também uma exigência.

Sabe quando você coloca na cabeça que não pode fazer algo?
Acaba nunca fazendo nada por pensar assim.

Eu não iria no Planeta Atlântida, muita grana, muita mão ir até lá, e onde eu ficaria esses dois dias? Não, sem chance, nem pensei na hipótese. Exigiria muito.
A amiga aventureira me perguntou umas muitas vezes se eu iria... eu: NÃO! Uns três dias antes refleti mais a fundo sobre a situação, e cheguei a conclusão de que pra muitas coisas na vida, basta querer, basta uma atitude positiva e alguém com quem se possa contar.
Não conseguimos topique, não conseguimos alugar lugar nenhum... tínhamos a vontade e os ingressos.
E que tal irmos de fusca? Sim, o Herbie pow!!!
Aquele mesmo, cujo velocímetro não funciona e as sinaleiras vivem queimando...
O trajeto é longo, mas a vontade e a coragem eram maiores.
Que os pais da copiloto nunca leiam este post.

Mas é, duas loiras,
muita comida de besteira,
algumas mochilas,
uma coberta e dois travesseiros,
poderíamos dormir no fusca uai. =D

O sol já tinha se escondido de nossos olhos cintilantes e sorrisos ofegantes pela aventura. Seguimos o cruzeiro do sul e minhas vagas lembranças do caminho da praia. Não poderia ser tão difícil chegar lá.

Ao som do celular e o que dava para ouvir entre o barulho do motor, seguimos o fluxo. Sim, já era de se esperar que queimasse a sinaleira.
E se alguém passasse por nós e gritasse: GURIAAAS, A SINALEIRA TAH QUEIMADA! ? Ficaríamos envergonhadas? Não, diríamos: MAS O FAROL TAH ACESO com muito orgulho!

Tudo podia dar errado segundo a teoria do planejamento. Mas isso é o que dava mais adrenalina e emoção ao momento. (Estou rimando ou é impressão minha? No próximo post vou escrever um poema oeheoeiheoieh)
Tirando o gato preto que cruzou nosso caminho naquela noite de sexta-feira que não era 13 eoiheioeheoihe o resto ocorreu tudo conforme o não planejado, mas desejado trajeto.
Sentindo-nos únicas chegamos de Herbie... e alguém falaria algo por a gente não estar de carrão? pfff estávamos lindas tomadas de felicidade por estar lá, e mais ainda por ter chegado lá.

Fizemos nossa parte e aproveitamos muito cada momento daquela noite, mas é chegada a hora de seguir rumo ao descanso para mais um dia. Seguir para onde? Acaso, sorte ou Deus, encontramos uma galera shooow que nos convidou pra fazermos parte do grupo e nos ofereceram um colchão inflável magnífico. Agora o herbie tinha mais amigos, que queriam, sim queriam *-* ir de carona com a gente.

Acho que eu exigi de mais do Herbie, andamos muuuuito por lá, muito mesmo... Eram trechos com quebra-molas de 100 em 100 metros, eram trechos com muuuuuita água, era chuva, era sol, era gente rindo, gente gritando, gente animada, gente dormindo, gente assustada com a quase batida, gente tirando um cochilo nele, tentando dirigir hahaha. Mas ele sobreviveu até mesmo ao retorno. Levou duas loiras e trouxe mais três passageiros e muuuuita bagagem, até hoje não sei como fizemos caber tudo. Entre podres, cansados, contentes e animados, restaram as histórias e as lembranças que sempre estarão naquela lata marcada, naquele porta-luvas com coisas estranhas, naquele baú, naquele assoalho que já teve areia, água, terra... naquela pena laranja que ocupa um buraquinho no painel... mas essa já é outra história...

Planejar?
Planeje ser feliz.
Como?
Faça a sua parte e o resto deixa pra vida!

Fica a dica ;)
e também o agradecimento às gentes da história
BRUNAdiogoBRUNOdiogerDUDAcarolHENRIQUE

Muitos beijos da Loira do Fusca ;*

domingo, 10 de abril de 2011

Os amigos do Herbie 1

O que seria da loira e do fusca sem os amigos?
Sem aqueles que estão ali, seja pra rir ou pra chorar, pra andar ou empurrar, pra sofrer e pra superar juntos, sempre juntos...?
Sem os amigos, não haveria com quem viver histórias bacanas e nem pra quem contar depois. Eles tornam tudo mais simples e mais emocionante, mais alegre e mais cativante.
Eles é que nos dão aquela força, aquele empurrão (literalmente) quando precisamos.

Eis...

Minhas mais sinceras e humilde homenagem à minha melhor, que já empurrou, já andou com agente por lugares longínquos, já dormiu (mais que uma vez) no herbie, já quase caiu pela porta que se abre repentinamente umas muitas vezes. Embora seus ataques de riso quando tudo dá errado já tenha me irritado, não há vergonha (só falta de gasolina) que nos impeça de ir a qualquer lugar, festa, praia, mais festa, e tudo quanto é canto dessa cidade...





Minha gratidão àquele que já me passou instrução por telefone, empurrou muuuito, abriu, mexeu, apertou, reforçou, descobriu, arrumou, aconselhou. E mais do que isso, em todas as vezes que eu liguei chorosa: "Tio qq eu faço?" que ele veio o mais rápido que pode pra socorrer a sobrinha nariguda (segundo ele rsrs).
Tio, meu recado: enquanto continuar me ajudando, não me importo com as piadas de loira e com os apelidos carinhosos viu ^^.








Cada um que fez parte de uma, duas ou apenas ouviu nossas histórias, é especial pro Herbie e pra Rose, pode crê!

E você que acompanha aqui, pode crê! hehehe


Beijo da Loira do Fusca.